Culinária – Cozinha Medieval
A origem da nabada:
Foram as freiras do convento beneditino de Santa Maria de Semide
(segunda maior freguesia do concelho), que o habitaram de 1183 a 1896, que o
conceberam à base de nabos, açúcar e amêndoas. As receitas mais antigas
reportam o uso de almíscar, pau de canela, flor de laranjeira e água de rosas.
As receitas mais tradicionais podem ser consultadas, por exemplo, na brochura
"Gastronomia-Miranda do Corvo", da autoria de Mª Teresa Osório e Mª
Helena Duarte (antigas professoras da Escola C+S José Falcão), editada em 1995 e
patente na Biblioteca da Fundação ADFP, proprietária do Restaurante Museu da
Chanfana.
Ingredientes:
- 1 kg de nabos
- 500 g de açúcar
- 50 g de amêndoas
Modo de Preparo:
Escolhem-se nabos bons e doces. Descascam-se, cortam-se às rodelas e
cozem-se em água ligeiramente temperada com sal. Escorem-se e colocam-se as
rodelas de nabo em água fria durante quatro dias, renovando-se a água
diariamente. A esta operação dá-se em Semide, o nome de corar. Escorrem-se os
nabos, espremem-se muito bem num pano e pisam-se num almofariz, tendo o cuidado
de retirar os fios e algumas pontas mais duras dos nabos. Pesa-se o puré de
nabos e toma-se igual porção de açúcar. Regra geral, 1 Kg de nabos dá 500g de
puré. Leva-se o açúcar ao lume com um copo de água e deixa-se ferver até fazer
ponto de cabelo. Nesta altura, juntam-se o puré de nabos e as amêndoas
previamente peladas e raladas. Deixa-se o doce ferver como se fosse marmelada,
isto é, até se ver o fundo do tacho, tendo o cuidado de mexer constantemente.
Guarda-se em tigelas cobertas com papel vegetal, passado por aguardente.
Disponível em:
- http://www.receitasemenus.net/content/view/2808/265/
- http://paixaodossentidos.blogspot.com.br/2006/12/nabada-do-convento-de-semide.html
- http://www.imprensaregional.com.pt/trevim/pagina/edicao/3/21/noticia/1175
Acesso em: 19 abril 2012
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