quinta-feira, 19 de abril de 2012

Nabada


Culinária – Cozinha Medieval



A origem da nabada:
Foram as freiras do convento beneditino de Santa Maria de Semide (segunda maior freguesia do concelho), que o habitaram de 1183 a 1896, que o conceberam à base de nabos, açúcar e amêndoas. As receitas mais antigas reportam o uso de almíscar, pau de canela, flor de laranjeira e água de rosas. As receitas mais tradicionais podem ser consultadas, por exemplo, na brochura "Gastronomia-Miranda do Corvo", da autoria de Mª Teresa Osório e Mª Helena Duarte (antigas professoras da Escola C+S José Falcão), editada em 1995 e patente na Biblioteca da Fundação ADFP, proprietária do Restaurante Museu da Chanfana.

Ingredientes:
  • 1 kg de nabos
  • 500 g de açúcar
  • 50 g de amêndoas

Modo de Preparo:
Escolhem-se nabos bons e doces. Descascam-se, cortam-se às rodelas e cozem-se em água ligeiramente temperada com sal. Escorem-se e colocam-se as rodelas de nabo em água fria durante quatro dias, renovando-se a água diariamente. A esta operação dá-se em Semide, o nome de corar. Escorrem-se os nabos, espremem-se muito bem num pano e pisam-se num almofariz, tendo o cuidado de retirar os fios e algumas pontas mais duras dos nabos. Pesa-se o puré de nabos e toma-se igual porção de açúcar. Regra geral, 1 Kg de nabos dá 500g de puré. Leva-se o açúcar ao lume com um copo de água e deixa-se ferver até fazer ponto de cabelo. Nesta altura, juntam-se o puré de nabos e as amêndoas previamente peladas e raladas. Deixa-se o doce ferver como se fosse marmelada, isto é, até se ver o fundo do tacho, tendo o cuidado de mexer constantemente. Guarda-se em tigelas cobertas com papel vegetal, passado por aguardente.

Disponível em:
 Acesso em: 19 abril 2012

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